quinta-feira, 9 de julho de 2009

O Deus Cornífero (representação do papel masculino na bruxaria)



Ontem tirando algumas dúvidas sobre bruxaria do meu noivo, ouvi dele um comentário meio que infeliz. " As bruxas parecem que fazem parte do clube da luluzinha, so mulheres, resgate do feminino, Mãe, A Criadora, só elas, cade os homens?"
Isso me deixou meio triste pois afinal o que é da mulher sem o homem a própria Deusa precisa do Deus Cornudo para equilibrar tudo.
Pensando nisso resolvi escrever sobre o Deus Cornudo e desmistificar o" clube da luluzinha"!

O Deus de chifres, para as bruxas, é o companheiro masculino da Deusa Tripla. Ele é dinâmico, a força vital, aspecto masculino de toda a natureza. Nós o veneramos porque veneramos a vida. Ele possui chifres e cauda que denotam seu conhecimento instintivo animal, sua sapiência natural. Este Deus é parte bicho e parte homem, mescla da força vital e perícia xamânica. O Deus Cornífero, como a Deusa, é sexual, terreno, apaixonado e sábio. "Cruel e mau ele não é". Entre os dois, a Mãe Deusa e seu Companheiro, se constrói o mundo. Eles o construíram de amor e desejo. Portanto, sua sexualidade é uma força vital sagrada, verdadeira experiência espiritual. Potencialmente a mais espiritual das experiências. Pois gera a criação!

O Deus tem sido reverenciado há eras. Ele não é a deidade rígida, o todo poderoso do cristianismo ou do judaísmo, tampouco um simples consorte da Deusa, eles são iguais, unidos.

Vemos o Deus no sol, brilhando sobre nossas cabeças durante o dia, nascendo e pondo-se no ciclo infinito que governa nossas vidas. Sem o Sol, não poderíamos existir; portanto, ele tem sido cultuado como a fonte de toda a vida, o calor que rompe as sementes adormecidas, trazendo-as para a vida, e instiga o verdejar da terra após a fria neve do inverno.

O Deus é também gentil com os animais silvestres. Na forma do Deus Cornífero, Ele é por vezes representado com chifres em Sua cabeça. Em tempos antigos, acreditava-se que a caça era uma das atividades regidas pelo Deus, enquanto a domesticação dos animais era vista como voltada para a Deusa.

Os domínios do Deus incluíam as florestas intocadas pelas mãos humanas, os desertos escaldantes e as altas montanhas. As estrelas, por serem na verdade sóis distantes, são por vezes associadas a Seu domínio.

O Deus é a colheita plenamente madura, o vinho inebriante extraído das uvas, o grão dourado que balança num campo, as maças vicejantes que pendem de galhos verdejantes nas tardes de outono.

Em conjunto com a Deusa, também Ele celebra e rege o sexo. A Wicca não evita o sexo ou fala sobre ele por palavras sussurradas. É uma parte da natureza e assim é aceito. Por trazer prazer, desviar nossa consciência do mundo cotidiano e perpetuar nossa espécie, é considerado um ato sagrado.

Símbolos normalmente utilizados para representar ou cultuar o Deus incluem a espada, chifres, a lança, a vela, ouro, bronze, diamante, a foice, a flecha, o bastão mágico, o tridente, facas e outros. Criaturas a Ele sagradas incluem o touro, o cão, a cobra, o peixe, o gamo, o dragão, o lobo, o javali, a águia, o falcão, o tubarão, os lagartos e muito mais.

Desde sempre o Deus é o Pai Céu e a Deusa a Mãe Terra. O Deus é o céu, da chuva e do relâmpago, que desce sobre a Deusa e une-se a ela, espalhando as sementes sobre a terra, celebrando a fertilidade da Deusa.

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